A Divina Comédia - Dante Alighieri - Gustave Doré - Canto VII = agora vês, filho!
as
almas daqueles que a ira venceu

Amsterdã (Holanda) - Foto iap

INFERNO

     (Da mitologia: lugar subterrâneo, onde estão as almas dos mortos).

     Segundo os conceitos religiosos do atual cristianismo, lugar ou situação pessoal em que se encontram os que morreram em estado de pecado, conceito esse utilizado pelo poder temporal para subjugação das populações e dos povos, através do medo de um Deus que castiga com o mal eterno o pecador. No Antigo Testamento a palavra trasladada para "inferno" é SHEOL (dt. 32:22) a qual é traduzida também trinta e quatro vezes ou por "sepultura" ou por "inferno", como em Gn. 37:35 e Nm. 16:30. SHEOL significa o lugar para onde vão as almas dos mortos, sem distinção de bons e maus, de felicidade e sofrimento (cp. Sl. 16:10 com Nm. 16:30. No Novo Testamento, o nome "inferno", por dez vezes é tradução da palavra grega HADES, que, na significação geral, corresponde a SHEOL. Em outras doze vezes, a palavra "inferno" é a tradução da palavra GEENA, que se compõe das palavras hebraicas Ge Hinom = o Vale de Hinom. Trata-se de um sítio, perto de Jerusalém, onde crianças eram cruelmente sacrificadas pelo fogo ao deus Moloque, o ídolo dos amonitas (2.Cr.33:6), sendo mais tarde transformado em um depósito de lixo, que era queimado, permanecendo ali um fogo constante. Sob a análise de Allan Kardec, "inferno" seria uma vida de provações, extremamente dolorosa, com a incerteza de haver outra melhor, isso de acordo com a questão 1.013a de "O Livro dos Espíritos". Mas na questão 1.011, Kardec conseguiu a opinião mais direta dos Espíritos:  "As penas e gozos são inerentes ao grau de perfeição dos Espíritos. Cada um possui em si mesmo o princípio de sua própria felicidade ou infelicidade, e, como eles estão por toda parte, nenhum lugar circunscrito, nem fechado, está destinado a um antes que a outro. O inferno e o paraíso não são senão figuras: há por toda a parte Espíritos felizes e infelizes". Em Espiritismo, não há como aceitar, perante a lógica e a razão evolucionista, a ideia de um lugar destinado ao mau ou a castigos eternos. Isso é mitologia aplicada à religião, com interesse de domínio. Leitura indicada: Capítulo IV do livro "Céu e o Inferno", de Allan Kardec. Segundo os conceitos do Espírito André Luiz (Ação e Reação, psicografia de Chico Xavier), o Inferno, na concepção de sua realidade espírita, pode ser definido "como vasto campo de desequilíbrio, estabelecido pela maldade calculada, nascido da cegueira voluntária e da perversidade completa. Aí vivem domiciliados, às vezes por séculos, Espíritos que se bestializaram, fixos que se acham na crueldade e no egocentrismo. Constituindo, porém, larga província vibratória, em conexão com a Humanidade terrestre, de vez que todos os padecimentos infernais são criações dela mesma, esses lugares tristes funcionam como crivos necessários." (L. Palhano Jr.).                                                          PRÓXIMA   

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