Honoré de Balzac foi romancista, dramaturgo, jornalista, editor e crítico literário; 1799/1850.CC  

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Imagem produzida por Georges Caim em 1846, de uma cena da Obra "La Cousine Bette" de autoria de Honoré de Balzac.

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CORAÇÃO DO UNIVERSO

(Prece do Espírito Bílnia, personagem do romance "Cristo Espera por Ti" - Autor: Espírito Honoré de Balzac - Médium: Waldo Vieira).          

     Supremo Árbitro! Sustenta-nos a humildade ante os caminhos redentores! Amerceias-te de nós, Coração do Universo, que abranges em tua glória todos os seres da Criação, desde os vermes esquecidos às constelações da Imensidade. Soergue-nos dos Baixios de Lágrimas às Esferas da Alegria Perene! Reconhecemos, Oh! Deus de Infinita Misericórdia, que de vida em vida, há miríades de séculos, demandamos o império sobre nós mesmos. E agora, que nova era alvorece para os homens, descerrando-nos, na Terra, o regozijo de teu reino, ensina-nos por Jesus Cristo as tuas leis equânimes! Deixa cair o pólen das ideias renovadoras na gleba de nossas almas, fecunda-nos de amor os ideais de regeneração e exuma, Pai Excelso, as esperanças que largamos à retaguarda, soterradas no chão dos milênios mortos!

     Concede-nos, oh! Deus de Imensurável Bondade, o dom de ouvir os Instrutores Benevolentes e Sábios a que nos confias, ante a Espiritualidade, para que possamos atender-te aos desígnios junto daqueles que vivem ainda sob a névoa do mundo! Faze que vejamos em tudo apenas o bem que nunca morre. Mostra-nos que o sol não tem sombras e que, em todos os domínios do Cosmo, há sóis que se acendem e céus que se expandem, infinitos. Torna-nos humildes em nossa pequenez para que nos engrandeçamos, um dia, em teu amor! Desperta-nos as consciências que tanta vez dormitam na ilusão, quando nos destinas à verdade! Amadurece-nos o anseio de comunhão contigo! Sustenta-nos em teu serviço e afasta de nós as dúvidas à frente do dever! Que o trabalho digno nos alente por aguilhão e caminho, paz e força! Liberta-nos, Pai de Bondade, das sombrias algemas que talhamos para nós mesmos, aprisionados nas trevas! Extingue-nos a vaidade, confunde-nos o orgulho e, se necessário, dá-nos o retorno à armadura de carne, a fim de que nos purifiquemos nas arenas da aflição! Acima de tudo, porém, conserva-nos em teus desígnios, que reconhecemos sempre justos. Assim Seja!

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