O ESPÍRITO NÃO É MAIS QUE A ALMA QUE SOBREVIVEU AO CORPO. É O SER PRINCIPAL, VISTO NÃO MORRER, AO PASSO QUE O CORPO NÃO É SENÃO UM ACESSÓRIO QUE SE DESTRÓI (ALLAN KARDEC).

 

 

   Solitária - Foto de uma árvore em terreno pronto para o plantio na Alemanha, que o homem teve o cuidado de preservá-la. Foto iap

 

Cesta de frutas - Caravaggio

 

A TERCEIRA REVELAÇÃO

 

(J. Herculano Pires - Obra: O Infinito e o Finito)                                                                                                         LEIA

 

     O Espiritismo é a última revelação divina recebida pelos homens, de acordo com a promessa de Jesus no Evangelho de João: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco.” (14:16).

 

     Sua missão é guiar os homens à Verdade, restabelecendo o ensino do Cristo em sua pureza primitiva e abrindo novos horizontes à compreensão humana da vida: Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da Verdade, ele vos guiará a toda a Verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.” (16:12, 13 e 14).

 

     Com Moisés, os homens receberam do Alto a I Revelação da realidade espiritual da vida. Essa revelação, que foi reunida pelos hebreus na grande codificação da Bíblia, sobrepunha-se a todas as formas religiosas do tempo, e conduziu o povo hebraico à concepção do Deus Único. Mas na própria Bíblia encontramos o anúncio da II Revelação, do advento do Messias, que se cumpriu com a vida de Jesus, oferecendo ao mundo a mais elevada forma de religião até então possível. E foi o próprio Messias quem anunciou, como vimos no Evangelho de João, a III Revelação, destinada a restabelecer os seus ensinos, que seriam deturpados pelos homens, e a ampliação de acordo com as novas necessidades da evolução terrena.

 

     A I e a II Revelações foram pessoais e locais, transmitidas por Moisés e Jesus a um determinado povo: o hebreu, incumbido de transmiti-las aos demais povos. A III Revelação não foi pessoal nem local, mas espiritual e universal. Os espíritos a deram em todo o mundo, através de suas comunicações, e Allan Kardec a codificou, como os hebreus codificaram a Bíblia e como os cristãos codificaram o Evangelho. Os hebreus reuniram os vários livros escritos sobre a I Revelação, e deles fizeram a Torah, ou a Bíblia, que hoje conhecemos. Os cristãos tiveram de reunir os vários livros escritos sobre a II Revelação, ou seja, os relatos dos quatros evangelistas, as epístolas e o Apocalipse, e com formar o Evangelho ou Novo Testamento. Os espíritas, pelas mãos de Kardec, o missionário, reuniram as comunicações mais esclarecedoras dos Espíritos do Senhor, que constituíam a Falange Luminosa do Espírito da Verdade, e com elas formaram a Codificação do Espiritismo.

 

     Assim como a I Revelação foi rejeitada por muitos hebreus, tendo Moisés de agir com energia para impô-la ao seu povo, e assim como a II Revelação foi rejeitada por quase todo o povo hebreu, a ponto de Paulo precisar levá-la aos gentios para que ela se difundisse no mundo, assim também a III Revelação foi rejeitada por judeus e cristãos, sendo aceita apenas por uma minoria. E assim como as igrejas judaicas da época chamaram Jesus de embusteiro e de instrumento do Diabo, levando-o à condenação e ao suplício, assim as igrejas cristãs de hoje chamam Kardec de embusteiro e o Espiritismo de instrumento do Diabo, tentando aniquilá-lo. Mas assim como as duas primeiras revelações triunfaram, a terceira também triunfará. Porque essa é a Vontade do Pai, que está nos Céus. www.correiofraterno.com.br/   

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